Pedi
autorização ao Caio Melo do blog: Pais Modernos, para reproduzir um de seus
posts. O artigo é muito interessante e o autor fala como muito carinho sobre uma
saia justa na educação de meninas, que tem tudo a ver com este espaço.
Bilecos,
popocas e uma criança curiosa
Jana
e eu temos conversado há algumas semanas sobre estar ou não no momento de mudar
a forma como lidamos com sexualidade junto à pequena. Até pouco tempo atrás ela
estava naquela de reconhecer as diferenças, notar que “menino tem bileco e
menina tem popoca”, como comentei no Ser pai de menina é… ter bileco!. O lance é que essas crianças
de hoje em dia vem com o turbo ligado, então as coisas evoluíram rápido.
Esses dias, enquanto eu tomava banho e ela estava pela casa
com a mamãe, ela veio até a porta do banheiro e perguntou se eu tinha bileco.
Como sempre, respondi que sim. Aí ela me olha e pergunta:
- O
seu bileco está dormindo ou está acordado?
- O
QUE?! DE ONDE VOCÊ TIROU ESSA COISA, MENINA?
Eu
devo ter ficado de todas as cores possíveis (vermelho, amarelo, roxo, azul…),
mas engoli todo o meu espanto (e a vontade de responder o que você leu ali em
cima) e respondi com naturalidade que estava dormindo e mudei de assunto.
De
simplesmente notar as diferenças, a pequena passou a querer ver o papai pelado.
Aí que a gente se pergunta, entre medos, neuras e fantasmas: está na hora de
começar a “esconder o jogo”? Chegamos na fase de inserir a programação de
pudores?
Eu,
nos meus devaneios de pessoinha filósofa, questionadora e pré-paternidade,
dizia que gostaria de criar meus filhos sem esse falso puritanismo, sem essa
mania de burca cultural. Sempre fui da opinião de que nossos corpos são bonitos
e que não temos motivo algum para escondermos eles ou acharmos que é algo sujo,
feio ou pecaminoso a priori.
Até
aí, mais ou menos tudo bem. É importante não reforçar esse tipo de pensamento
na infância da minha princesa. Mas aí vem uma outra questão. Nesse mundo de
gente má intencionada, eu fico um pouco menos preocupado se minha filha souber
que não é comum ver pessoas sem roupa. E agora, José?
Apesar
de tudo que li e estudei sobre fases de desenvolvimento (e tantos livros a esse
respeito na seção da livraria destinada a pais malucos como eu), o fato é que
essas descobertas não tem hora para acontecer e tampouco um alarme avisando os
pais… e assim como eu sou pego de surpresa sendo inquirido sobre meu bileco
estar ou não dormindo (CARACA, MEU!), certamente serei surpreendido pela minha
filha descobrindo sua sexualidade daqui a alguns anos (ai ai, espero que demore
um pouco).
Outra
coisa fundamental (que um de meus queridos leitores me relembrou) é que não tem
como saber qual é o tal ponto ideal entre um extremo e outro. Tentamos,
refletimos, ponderamos, analisamos… mas no fim das contas, é sempre possível
que aquela criatura adolescente nos culpe por seus traumas e jogue álcool nas
nossas feridas nos acusando de fazer tudo errado. É, camarada, agora vai dormir
com um barulho desses!
Mas
aí, além de conversar com a Jana e eu pesquisar a respeito, lembrei-me de uma
fonte incrível de conhecimento: meus visitantes e leitores com seus filhos mais
velhos que a princesa! Vocês que já passaram dessa fase, como foi? Como lidaram
com isso? Vamos
lá, compartilhem sua sabedoria! Afinal, mais do que me ajudar nesse momento de
desespero, vai ajudar tantos outros pais e mães pelo mundo afora hehehe.
Fonte:
http://paismodernos.com.br/
É, amigo, te prepara para essas e outras... Rafael certo dia, lendo um livro desses com abas, de um ratinho que usava fralda, abriu a fralda do rato e perguntou "Cadê a pitoca dele?". É mole? Hehehe
ResponderExcluir(Aliás, livro muito bom pra crianças que estão na época do desfralde, se chama "O que tem dentro da sua fralda?")
Valeu pela dica Xandinha
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